13 DE ABRIL DE 2008 - 00h28
O cartunista Brás Rubson acaba de fazer um forte resumo de sua produção, tratá-se do livro “No Bico, Sem Pena! Brás, 15 anos de charges”, que será lançado no dia 15 de abril, no SESC Arsenal. O livro é uma coletânea de charges publicadas pelo autor nos jornais O Estado de Mato Grosso, Folha do Estado, Diário de Cuiabá e jornais do movimento popular.
Capa do Livro São Charges executadas no fervor das lutas sociais, até porque o autor sempre se dividiu entre a atuação como cartunista e a militância política. Brás é dirigente estadual do PC do B. Autoditada, Brás desenha desde criança, mas também cursou parcialmente Belas Artes na UFMG e Comunicação Social, na UFMT. Foi coordenador de Comunicação em Saúde da Funasa (MT) e secretário de Comunicação da Prefeitura de Barra do Garças.
No livro, seu trabalho está dividido em cinco temáticas: Poder, Moeda, Natureza, Vivências, Ilustrações e Caricaturas. Em Poder ele “persegue” as ações nem sempre recomendadas dos políticos e autoridades públicas. Em Natureza, suas charges representam uma forte denúncia das devastações rotineiramente praticadas contra o meio ambiente, ressalta a atual situação do rio Cuiabá, através de seu personagem Pintado Letrado, e o sofrimento do Pantanal com a poluição e o descaso.
O livro ainda traz algumas ilustrações inéditas, exemplos do atual trabalho desenvolvido com entusiasmo pelo autor. “Fazer charge tem sua emoção, é aquela coisa de sacar o que está mais quente naquela hora. Mas chega um momento em que a gente também quer fazer algo mais amplo, com mais detalhes, e a ilustração digital pra mim tem sido um meio de forte expressão”, comenta Brás Rubson. Um livro com essas características reforça a diversidade na produção cultural em Mato Grosso. Muito jornalismo e muita arte, estes são os caminhos perseguidos pelo autor, e sua dedicação resultou em uma obra singular que dá gosto de ver. Confira algumas charges do livro no blog: nobicosempenablogspot.com.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Pablo Neruda: A meu partido
15 DE ABRIL DE 2008 - 20h23
Me deste a fraternidade para o que não conheço.
Me acrescentaste a força de todos os que vivem.
Me tornaste a dar a pátria como em um nascimento.
Me deste a liberdade que não tem o solitário.
Me ensinaste a acender a bondade, como o fogo.
Me deste a retidão que necessita a árvore.
Me ensinaste a ver a unidade e a diferença dos
homens.
Me mostraste como a dor de um ser morreu na
vitória de todos.
Me ensinaste a dormir nas camas duras de meus
irmãos.
Me fizeste construir sobre a realidade como
sobre uma rocha.
Me fizeste adversário do malvado e muro do
frenético.
Me fizeste ver a claridade do mundo e a
possibilidade da alegria.
Me fizeste indestrutível porque contigo não
termino em mim mesmo.
Pablo Neruda
Canto Geral
Tradução de Paulo Mendes Campos
Revista por Maria José de Queiroz
Difel/Difusão Editorial – edição 1979
Me deste a fraternidade para o que não conheço.
Me acrescentaste a força de todos os que vivem.
Me tornaste a dar a pátria como em um nascimento.
Me deste a liberdade que não tem o solitário.
Me ensinaste a acender a bondade, como o fogo.
Me deste a retidão que necessita a árvore.
Me ensinaste a ver a unidade e a diferença dos
homens.
Me mostraste como a dor de um ser morreu na
vitória de todos.
Me ensinaste a dormir nas camas duras de meus
irmãos.
Me fizeste construir sobre a realidade como
sobre uma rocha.
Me fizeste adversário do malvado e muro do
frenético.
Me fizeste ver a claridade do mundo e a
possibilidade da alegria.
Me fizeste indestrutível porque contigo não
termino em mim mesmo.
Pablo Neruda
Canto Geral
Tradução de Paulo Mendes Campos
Revista por Maria José de Queiroz
Difel/Difusão Editorial – edição 1979
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