Temendo uma derrota, a oposição resolveu fechar um acordo com o governo para a realização de uma única Comissão Parlamentar de Inquérito. A CPI será mista (CPMI) e apurará as irregularidades cometidas no uso do cartão de crédito corporativo no governo FHC e Lula. O anunciou foi feito pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), nesta segunda-feira (11). A Comissão será composta por 11 deputados e 11 senadores, tendo o mesmo número de suplentes.
Pelo acordo, serão apurados os gastos com cartão corporativo desde sua criação, no governo tucano de FHC, em 2001. Além disso, serão investigadas as despesas efetuadas desde 1998 pela conta Tipo B, na qual o servidor emitia cheques.
O líder do governo afirmou que o acordo só foi possível porque os objetivos, na investigação, tornaram-se comuns. Para Jucá, o objetivo não é atingir o ex-presidente: ''A idéia não é investigar Fernando Henrique ou Lula. Nós estamos investigando um período de gastos do setor público, despesas feitas por funcionários públicos e, portanto, a idéia não é personalizar nos presidentes''.
Corrida
Antes do acordo ser fechado, a oposição estava numa corrida contra o tempo para conseguir dar entrada no requerimento de criação da comissão mista, que investigaria somente o Governo Lula. No lado governista, o líder do governo também estava colhendo assinaturas para instalar a CPI no Senado e com maior abrangência, investigando desde a criação dos cartões corporativos.
O requerimento de criação da CPMI será o que foi preparado pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e que já circula no Congresso desde o dia 28 de janeiro. Foi incluído no novo texto do tucano o número e a data do decreto que criou os cartões, ainda durante o Governo Fernando Henrique Cardoso: Decreto 2.809, de 1998. Romero Jucá afirmou que a convergência de idéias permitiu a evolução da negociação e o consenso.
Fonte: www.vermelho.org.br
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